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Amigas foram assassinadas na mesma noite após uma ‘desagradar’ homem durante encontro em SC, diz polícia

Suspeito, de 34 anos, teve encontro amoroso em Raquel no dia anterior ao duplo homicídio.

O suspeito de matar duas mulheres na mesma noite em Navegantes, no Litoral de Santa Catarina, agiu após ter um desentendimento com uma das vítimas, concluiu a Polícia Civil. Ele conhecia uma das mulheres desde a infância e, em um encontro, teria se desagradado com uma fala dela, o que o levou a esfaqueá-la.

A segunda vítima foi morta porque chegou ao local. Ele não queria que ela soubesse do assassinato da amiga. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil na sexta-feira (12).

Raquel Hostins, de 32 anos, e Carin Salomão, de 37, foram encontradas mortas no final da tarde de 22 de junho. Elas foram assassinadas a facadas no dia anterior, de acordo com a Polícia Civil, que concluiu o inquérito.

O suspeito está preso de forma cautelar desde o final da noite do dia do duplo homicídio.

O que aconteceu?
Em 21 de junho, Raquel e o suspeito se encontraram, de acordo com o delegado Roney Péricles, responsável pelo caso.

“O encontro foi na sexta-feira, pela manhã, eles passaram ali o dia juntos e a morte se deu no período da tarde”, resumiu.

O delegado detalhou que, inicialmente, os dois foram para a casa de Raquel. “No decorrer do dia, chegaram a sair algumas vezes, foram em outras conveniências, saíram para almoçar”, continuou.

No meio da tarde, os dois foram para a casa da mãe do suspeito, onde houve um episódio de violência por parte dele. Conforme o delegado, ele pediu o carro emprestado à mãe, que negou ao ver o estado de embriaguez dele.

“Ele teria arremessado uma pedra ao para-brisa e, após isso, ele teria saído de lá, e a vítima teria saído juntamente, só que cada um para um lado. Depois, ele voltou para a residência da vítima, quando aconteceu o fato”, resumiu.

Na casa de Raquel é que houve a discussão entre eles. Segundo o delegado, no depoimento formal à polícia, o suspeito não disse o motivo do desentendimento.

“Informalmente ele disse que ela teria dito alguma coisa para ele em relação a uma pessoa especial para ele e que ele não gostou, e isso teria sido o motivo principal de ele ter perdido a cabeça”, resumiu.

“Ele alega que ambos [suspeito e Raquel] estavam utilizando bebidas alcoólicas. Ele inclusive afirma que, após sair da casa de sua genitora, ele não foi de imediato para a casa da vítima porque ele ainda passou em uma outra conveniência, teria consumido mais bebida alcoólica. Relatou também que teria utilizado outras drogas ilícitas e que, após tudo isso, é que ele teria retornado à casa da vítima”, detalhou o delegado.

“Ele informa também que, em relação à segunda vítima [Carin], ele não tinha intenção”. O suspeito disse em depoimento que percebeu a presença dela quando ela estava na área de churrasqueira da casa.

“Ele ataca também de maneira a surpreender, para que ela não tomasse ciência do que ocorreu no interior da residência. Então ele age ali de forma a ocultar ou mesmo garantir a sua impunidade em relação à segunda vítima. Como ele mesmo disse em interrogatório, frase que ele mesmo expressou, ela estaria no local errado na hora errada, a segunda vítima”, declarou o delegado.

Indiciamentos
O suspeito foi indiciado por dois homicídios qualificados. Em relação a Raquel, as qualificadoras são motivo fútil, meio cruel e sem chance de defesa para a vítima.

As qualificadoras para o assassinato da Carin são as mesmas, com exceção do motivo fútil. No caso dela, esse item foi substituído. No lugar, a qualificadora é para assegurar a impunidade.

Conforme o delegado, juntos esses crimes somam 60 anos de prisão.

Antes do duplo homicídio, o suspeito já tinha antecedentes criminais por roubo e violência doméstica contra a ex, a irmã e a mãe.

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