O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que atuação da Corte tem repercussões políticas, mas os ministros agem sem partidarismo. A declaração foi dada na quarta-feira (17) durante participação do ministro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
“O Supremo é um lugar em que não dá para dizer que não tem repercussão política o que a gente faz. Mas, evidentemente, o modo de raciocínio de um ministro do STF são os valores que estão na Constituição. Portanto, só é político na medida em que a Constituição materializa escolhas importantes feitas pelo país, mas nunca no sentido partidário”, afirmou
Barroso voltou a elogiar a nomeação de Flávio Dino à Suprema para o Supremo Tribunal Federal, alegando que o ministro da Justiça tem “uma carreira na magistratura”.
“A vinda do Flávio Dino é bem-vinda porque o hoje ministro Flávio Dino foi juiz federal concursado, aprovado em primeiro lugar no concurso dele, e tem uma carreira na magistratura”, disse Barroso.
O presidente do STF não quis comentar a fala do presidente Lula, que disse que “sempre sonhou” com um ministro com “cabeça política” no STF. “Eu não vou comentar a declaração do presidente Lula porque não é meu papel”, disse.
O comentário de Lula contrariou o que disse o próprio ministro Flávio Dino na sabatina sobre sua indicação à Corte. Dino disse aos senadores que os papéis de político e de juiz são “diferentes”.
Barroso reforçou as declarações de Dino, afirmando que o seu novo colega deve separar a política da magistratura. “Ele mesmo disse na sabatina dele que a política vai ficar para trás, apesar de ter sido um político muito bem avaliado no seu estado”, concluiu.
Com informações da CNN