Um homem de 52 anos foi preso preventivamente suspeito de torturar, por mais de uma vez, uma mulher de 29 anos que possui paralisia cerebral.
A prisão aconteceu na quinta-feira (16) em Sengés, nos Campos Gerais do Paraná, nove anos após ele ser condenado por estuprar a mesma vítima – que engravidou no ato do abuso. Na época, ele era padrasto da vítima.
De acordo com o delegado da Polícia Civil Gabriel Munhoz, responsável pela investigação, agora o novo caso veio à tona após denúncias de professoras da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
“As professoras passaram a notar algumas lesões na mulher, tais como hematomas e queimaduras feitas com ‘bitucas’ de cigarro na região dos seios e também do rosto”, relata.
Segundo ele, quando contatada pela Apae, a mãe da vítima – e ex-namorada do homem – justificava as lesões como acidentes.
Ela foi interrogada e indiciada por omissão de tortura, e vai responder o caso em liberdade.
O homem foi levado à Cadeia Pública de Jaguariaíva.
Entenda os crimes
O delegado da Polícia Civil explica que em 2014 o homem foi condenado pelo delito de estupro de vulnerável e permaneceu preso até meados de 2019.
“Com a soltura, o indivíduo passou novamente a frequentar a residência da vítima, sob o pretexto de levar a pensão do filho [fruto do estupro]”, explica o delegado.
Após as denúncias das professoras da Apae, a vítima confirmou os crimes à polícia, afirma ele.
“Ainda de acordo com relato da vítima, a mãe tinha plena ciência da situação, razão pela qual também foi interrogada e indiciada pela modalidade de tortura omissiva, uma vez que não somente aceitou que o abusador da filha voltasse a frequentar a residência, como foi absolutamente omissa em evitar as lesões na vítima”, ressalta Gabriel Munhoz.
Com informações do G1