Mãe de homem morto após sair de casa de pijama ligou para o filho enquanto ele estava desaparecido: ‘Desligaram na minha cara’

O homem, de 35 anos, foi encontrado morto em uma estrada rural de Iporã, no noroeste do Paraná, horas depois.

Zilda Ferreira Bido, mãe de Danilo Roger Bido Ferreira, disse que ligou para o celular do filho e teve a chamada desligada. A ligação aconteceu aproximadamente uma hora depois que o homem, de 35 anos, saiu de casa usando pijama e disse a ela que buscaria o carregador de celular na casa de um amigo. Ele foi encontrado morto, na manhã do mesmo dia, em uma estrada rural de Iporã, no noroeste do Paraná.

A informação foi revelada em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, no domingo (7), durante uma manifestação de familiares e amigos da vítima. Eles se reuniram para homenagear Danilo no dia em que a morte completou uma semana. “Tiraram a vida do meu filho, tiraram tudo de mim”, Zilda falou.

A mãe contou durante a entrevista que Danilo estava morando em Toledo – cidade a 103 quilômetros de distância de Iporã -, mas visitava a família todos os meses. Naquele sábado, dia 30 de agosto, ele se arrumou e foi a um evento.

“Chegou lá, as pessoas falaram que ele ficou mexendo muito no celular. Parecia que ele estava um pouco nervoso”, Zilda explicou.
Depois que ele voltou para casa, no início da madrugada do dia 31 de agosto, mãe e filho conversaram brevemente. Zilda se lembra que, após alguns minutos, Danilo entrou no quarto dela e avisou que iria buscar o carregador. Naquele momento, ela pediu para que ele não saísse por conta do horário.

“Eu falei ‘não, meu filhinho, não vai, já está tarde'”. Danilo disse que iria, sim, porque não queria ficar sem conexão com a internet”, a mãe lembra.

Quando Zilda se levantou para apagar a luz da cozinha, após poucos minutos, viu que o filho havia saído e fechado o portão de casa. Entretanto, segundo ela, não havia necessidade de trancar a casa porque o endereço era próximo.

O delegado Luã Mota confirmou ao g1 que Danilo usou o carregador como um álibi para não preocupar a mãe e poder sair.

À 1h33, ela ligou para ele e foi então que teve a chamada desligada.

“Depois, eu comecei a ligar e ligar e não atendeu mais. Aí fiquei nervosa, tomei remédio para dormir. Acordei 4h e estava do mesmo jeito, ele olhou [o aplicativo de mensagens] 00h57. Daí não consegui dormir mais. Aí foi a procura constante. Fiquei com a minha amiga rua acima e rua abaixo procurando. Até que veio 9h a notícia”, recorda.

Nesta segunda-feira (8), o delegado informou que não há novas informações sobre o caso que podem ser compartilhadas.

O caso é tratado como homicídio. Não há motivação ou suspeitos divulgados.

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