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Mesmo com placar unânime no Copom, PT manterá ofensiva contra BC

Partido seguirá linha de que discussão técnica sobre juros não neutraliza atuação política de Roberto Campos Neto.
(Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

O PT seguirá com sua ofensiva política contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, independentemente do placar unânime na decisão que interrompeu o ciclo de queda na taxa básica de juros.

Na reunião de quarta-feira, mesmo diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor o Comitê de Política Monetária votaram para manter a Selic em 10,5%.

Depois de mobilizar líderes em várias frentes em críticas a Campos Neto, o PT decidiu ontem ingressar com uma ação popular, pedindo à Justiça Federal que proíba o presidente do BC de conceder entrevistas e fazer manifestações públicas de teor político.

O texto, revelado pelo blog, acusa Campos Neto de se utilizar politicamente do cargo, apontando a existência de conflito de interesses.

Nos bastidores, líderes petistas dizem que “debate técnico” no âmbito do Copom não muda o fato de que haveria, segundo o partido, o uso político da cadeira de presidente do BC.

Sob reserva, um petista próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ao blog que o mandatário sempre respeitou a “autonomia” dos diretores indicados por ele.

As atenções do mercado voltaram-se principalmente para o posicionamento de Gabriel Galípolo, cotado para ser indicado para o comando do BC após a saída de Campos Neto.

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