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Boulos toma posse como ministro e fala em “colocar governo na rua”

Na Secretaria-Geral, ministro disse que vai dialogar com todos.

Boulos toma posse como ministro e fala em “colocar governo na rua”
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foi com o pedido de um minuto de silêncio pelas vítimas da operação policial no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos, que o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, iniciou sua fala durante a cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira (29).

“Todos nós estamos acompanhando o que aconteceu no Rio de Janeiro e, por isso, antes de falar desse momento, sobre o trabalho que pretendo fazer na Secretaria-Geral da Presidência, eu queria pedir que todos nós fizéssemos aqui no Palácio do Planalto, um minuto de silêncio por todas as vítimas dessa operação no Rio de Janeiro. Policiais, moradores, por todos eles”.  

Deputado federal pelo PSOL, Boulos assumiu o posto no lugar de Márcio Macedo. O anúncio da mudança ministerial foi feito pelo presidente Lula, na semana passada.

Ainda na abertura da cerimônia, Boulos fez referência à uma operação da Polícia Federal que revelou a atuação do crime organizado junto a bancos e empresas do mercado financeiro. O esquema envolveu adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.

“Orgulho de fazer parte do governo do presidente que sabe que a cabeça do crime organizado desse país não tá no barraco de uma favela. Muitas vezes, tá na lavagem de dinheiro lá na Faria Lima, como nós vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal”.

O novo ministro responsável pela articulação com os movimentos sociais voltou a dizer que assume com a missão de "colocar o governo na rua", para ouvir as demandas populares, e pregou diálogo com diferentes grupos.

“A proposta é dialogar com todo mundo. Não só com quem já concorda com a gente. Dialogar com os entregadores de aplicativos que estão aqui representados, com os motoristas de Uber. Dialogar com os pequenos empreendedores, com a população em situação de rua. Dialogar com o povo das periferias desse país. Com católicos, evangélicos, com gente de todas as religiões”.

Guilherme Boulos atuou por quase duas décadas à frente do MTST, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Nascido em São Paulo, é professor e psicanalista, graduado em filosofia e mestre em psiquiatria pela Universidade de São Paulo. Foi candidato à presidência da República em 2018 e à prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024.

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