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Cooperados da Coamo de Nova Santa Rosa recebem R$ 7,8 milhões de distribuição de sobras

Segundo o gerente local, Rodrigo Iatecola, a distribuição das sobras para cada cooperado varia conforme a movimentação na comercialização de soja, trigo, milho e insumos.
Gerente Rodrigo Iatecola fazendo a entrega do cheque simbólico ao cooperado Fernando Wolf.

O entreposto da Coamo de Nova Santa Rosa realizou nesta quarta-feira (11) a distribuição das sobras do exercício de 2024 aos cooperados. Ao todo, o repasse foi de R$ 7.800.043,64.

Segundo o gerente local, Rodrigo Iatecola, a distribuição das sobras para cada cooperado varia conforme a movimentação na comercialização de soja, trigo, milho e insumos. Foram pagos R$ 3,50 para a soja, R$ 1,30 para o milho e R$ 1,30 para o trigo.

“É o resultado das sobras do exercício de 2024, que foi positivo. Nós obtivemos bom resultados, apesar de um ano bem desafiador, com quebra de safra, quedas dos preços das commodities. Infelizmente, o resultado para o agronegócio brasileiro não foi tão bom o quanto esperado, mas a Coamo com toda a sua solidez, mais um ano se mostrou forte. No final do ano, demonstrou números bem positivos e podendo devolver parte dos lucros para os cooperados”, salienta Iatecola.

VALOR GLOBAL

A Coamo Agroindustrial Cooperativa registrou em 2024 receita global de R$ 28,823 bilhões. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,028 bilhões. Deste valor, após a dedução estatutária, estão sendo distribuídos aos mais de 32 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul mais de R$ 694 milhões, na proporção da movimentação na cooperativa. Os números foram aprovados pelos cooperados na terça-feira, 11, em Assembleia Geral Ordinária realizada em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná.

CLIMA E PREÇO – Segundo o presidente do Conselho de Administração da Coamo, engenheiro agrônomo, José Aroldo Gallassini, diferente dos últimos, o ano de 2024 não foi o esperado pelos cooperados, e devido ao clima desfavorável, houve queda significativa de produção dos principais produtos operados pela cooperativa, bem como, redução significativa dos preços de mercado, tendo como consequência a perda de renda na atividade agrícola.

R$ 824 MILHÕES – Segundo Galinari, os bons resultados são frutos da participação expressiva dos cooperados na Coamo. Eles estão recebendo sobras de mais de R$ 694 milhões, mas os números são ainda maiores. “Este benefício aos cooperados é muito maior e alcança R$ 824 milhões, que além das sobras somados os retornos da participação em programas permanentes, como o Fideliza (R$ 83,1 milhões), mais de R$ 24,5 milhões (Devolução do capital social aos cooperados com mais de 65 anos); e R$ 22.24 milhões (Devolução de ICMS). Dentro da sua responsabilidade empresarial e social, a Coamo gerou e recolheu o montante de R$ 839,703 milhões de reais em impostos, taxas e contribuições sociais.

ÍNDÍCES – O Patrimônio Líquido da Coamo atingiu o montante de R$ R$ 11,995 bilhões, representando um crescimento de 13,0% em relação ao ano anterior; e o Ativo Total atingiu o montante de R$ 19,492 bilhões. A liquidez corrente foi de 2,72; liquidez geral 1,79; margem de garantia 259,98% e o grau de endividamento de 38,46%, refletindo a boa situação econômico-financeira da cooperativa.

RECEBIMENTO DA PRODUÇÃO – Mesmo com os problemas climáticos durante o ano, a Coamo recebeu um total de 8,024 milhões de toneladas de produtos agrícolas, o equivalente a 133,731 milhões de sacas, representando 2,7% da produção brasileira de grãos e fibras, com uma capacidade de armazenamento de 6,264 milhões de toneladas de grãos (104,396 milhões de sacas). Durante o ano devido ao alto volume de estoque de passagem, a cooperativa teve muito trabalho para o recebimento da produção e recorreu a armazéns de terceiros, silos bolsas e infláveis, além de armazenar em algumas unidades por curto espaço de tempo em “piscinas”.

INVESTIMENTOS – Em 2024 a Coamo investiu R$ 1,202 bilhão na ampliação e modernização de entrepostos, unidades de beneficiamento de sementes, indústrias, a conclusão da indústria de rações e o início da construção do novo entreposto no município Campina da Lagoa, no Centro-Oeste do Paraná, e o lançamento da indústria de etanol de milho no parque fabril em Campo Mourão. “Esses investimentos reforçam o compromisso da Coamo com a excelência operacional e o desenvolvimento sustentável”, considera Airton Galinari.

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