Nesta safra, a expectativa de produção caiu de 21,9 milhões pra 21,7 milhões de toneladas no Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).
Uma das causas é o excesso de umidade trazido por conta da chuvarada de setembro, no início do plantio.
Marcelo Garrido, economista do Deral, explica que a redução se deve, principalmente, “às regiões que foram atingidas com o excesso de chuvas, do centro-sul do estado para baixo, região de União da Vitória, Francisco Beltrão e Pato Branco”.
Consequências dos temporais
A instabilidade do clima tem trazido outro problema: a ferrugem.
De acordo com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), desde a safra de 2022 os agricultores estão tendo de usar mais fungicida para controlar a ferrugem asiática, por causa do clima quente e úmido.
Com o El Niño, os focos têm aparecido ainda mais em todo estado. Quando o fungo, que se espalha pelo ar, toma conta da lavoura, o controle é difícil e pode acabar com até 80% da produção, afirmam especialistas.
A soja é o principal produto agrícola do Paraná e movimenta muito a economia do estado, porém os preços caíram bastante no último ano: de R$ 169 a saca na safra passada para R$ 128 agora.
“Temos a questão do câmbio, a questão da oferta [também] é muito determinante, porque o Brasil é o principal produtor de soja, junto com Estados Unidos e Argentina, então temos que ter uma ideia de como está a situação nesses países também. É uma conjunção de fatores. Ainda é cedo para cravar que esse preço vai subir ou vai voltar para patamares de R$ 150, R$ 160”, explica Garrido.
Com informações do G1