Acredite quem quiser, mas a inteligência artificial (IA), já está impulsionando a produtividade e a qualidade de alimentos do País, por tratar-se de recurso diferenciado das versões mais avançadas dos softwares empresariais, cada vez mais adotados pelo agronegócio brasileiro. A agropecuária, como sabemos, tem indiscutível importância para economia brasileira, pois somente no ano passado foi responsável por 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e 48,6% das exportações do País. Além disso, trata-se de setor produtivo que investe cada vez mais em tecnologia para alcançar novos patamares de eficiência e obter resultados ainda melhores.
Recursos como robotização, machine learning e big data têm contribuído, ao longo dos últimos anos para intenso processo de transformação digital no campo. A fronteira mais recente dessa evolução é a inteligência artificial (IA) generativa, que rapidamente se tornou prioridade para empresas de todos os setores e com o agro não é diferente.
Exemplo disso é a operação brasileira da SAP, empresa produtora global de softwares para gestão de negócios modernos, que atende atividades do agronegócio com equipe especializada no setor. “Somos parceiros de tecnologia ideal para transformação digital das empresas do agronegócio brasileiro e para a adoção de ferramentas que agregam muito a esse processo, como a IA generativa”, destacam especialistas da SAP. Na prática, com a tecnologia no campo já há diversos casos de sucesso para ilustrar a relação próxima e produtiva entre a SAP e o agronegócio. A Amaggi, uma das maiores multinacionais brasileiras do setor, adotou o Rise with SAP e migrou todo o seu processo de negócio para a nuvem, assegurando mais eficiência. Os ganhos de velocidade chegam a 90% na produção de relatórios e 80% na emissão de notas fiscais, algo que faz toda a diferença, por exemplo, para a maior agilidade de processos logísticos.
Outras vantagens relevantes da mudança rumo à nuvem digital foram a elevação dos patamares de segurança dos dados e as adaptações necessárias à reforma tributária. “O exemplo da Amaggi é muito interessante porque a empresa atua em toda a cadeia, desde a produção até a venda, e esses processos estão de ponta a ponta dentro das soluções da SAP”, afirmam especialistas. A Fazendão, uma das maiores empresas do agronegócio da região central do Brasil, com atuação focada na soja, também optou pelo Rise with SAP quando decidiu adotar Enterprise Resource Planning (ERP), que em português significa Planejamento de Recursos Empresariais e é sistema de software que ajuda as empresas a otimizar seus processos de negócios, centralizando e automatizando informações e processos. Na nuvem digital, o ERP é mais moderno e robusto.
Ao final da transição que se estendeu por pouco mais de ano, a confiabilidade e conformidade de dados se tornaram vitais para o planejamento que levou a empresa a ingressar na B3, a principal Bolsa de Valores do Brasil. A mudança provocou evolução significativa nas operações da empresa, que conta com mais de oito mil caminhões de carga. “A otimização dos processos internos não apenas aumentou a velocidade, mas também a confiabilidade, impactando diretamente a percepção dos nossos parceiros caminhoneiros, que agora têm experiência mais fluida e eficiente ao carregar conosco”, descreve Júlio Oliveira, gerente de Tecnologia da Informação e Inovação da Fazendão.
*O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado
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