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‘Mais de 60% da população é a favor do horário de verão’, diz presidente da Abrasel

Paulo Solmucci apontou que para bares e restaurantes, o crescimento pode ser de até 50% no movimento entre 18h e 21h.
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

A possível volta do horário de verão tem gerado discussões entre diferentes setores da sociedade. Para o setor de bares e restaurantes, a medida pode representar um aumento de até 15% no faturamento. Em entrevista à Jovem Pan, Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), destacou a importância do horário de verão para o setor durante entrevista ao Jornal da Manhã.

Segundo ele, desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro revogou a medida em 2019, a Abrasel tem sido crítica à decisão, argumentando que qualquer economia de energia é relevante, especialmente em tempos de seca e reservatórios vazios. Solmucci mencionou que pesquisas indicam que entre 50% e 60% da população é favorável ao horário de verão, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Ele também destacou que o comércio, em geral, se beneficia da medida, com um aumento de até 5% no faturamento, segundo conversas com empresários do setor.

Para bares e restaurantes, o impacto é ainda mais significativo, com um crescimento de até 50% no movimento entre 18h e 21h, proporcionando uma sensação de segurança e incentivando os consumidores a saírem mais cedo de casa. Apesar das vantagens, Solmucci reconheceu que a pandemia trouxe desafios financeiros para o setor, dificultando o repasse de custos aos consumidores. Ele ressaltou que muitas empresas ainda operam com prejuízo e enfrentam dificuldades para pagar dívidas adquiridas durante a pandemia. Para superar esses desafios, a Abrasel contratou um estudo da Fundação Getúlio Vargas, que será apresentado em novembro, propondo um conjunto de iniciativas para a retomada do setor, incluindo a desoneração da folha de pagamento.

A discussão sobre a volta do horário de verão também levantou a questão de se os estados deveriam ter autonomia para decidir sobre a adoção da medida. Solmucci argumentou que, devido à importância da coordenação energética nacional, a decisão deve permanecer a cargo do governo federal. Ele enfatizou que qualquer economia de energia é benéfica, especialmente em um contexto de uso de energia poluente das termoelétricas. A Abrasel segue otimista quanto às conversas com o governo e espera que a medida seja reavaliada em breve.

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