Em 2024, 242 ocorrências de raiva em animais foram confirmadas em 46 municípios do Paraná. Deste número, 108 ocorrências estão concentradas na região de Cascavel, no oeste do Paraná, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
A raiva é uma doença transmitida por morcegos que se alimentam do sangue dos animais – e que estão contaminados pelo vírus da doença. O contágio também pode acontecer por meio de um arranhão ou contato com a saliva. Confome especialistas, o vírus ataca o sistema nervoso do animal e não tem cura.
Marizete Tadioto, produtora rural de Cascavel, viu de perto as consequências da doença. Em sua propriedade dos 43 animais, 13 estão em lactação e todos os meses eles garantem 5.500 litros de leite.
A produtora conta que perdeu dois animais para a doença e viu a produção de leite despencar.
“A gente percebeu no sábado que a vaca estava andando com um pouco de dificuldade. Chamamos a veterinária no domingo. Na segunda, ela já não se levantou mais e aí a veterinária deu a porcentagem de foco de raiva”, explica Marizete.
“Esse ano foi um ano bastante atípico. E isso se deve a diversos fatores, principalmente a não vacinação contra a raiva”, afirma Rafael Dias, gerente de saúde animal da Adapar.
O médico veterinário, Ricardo Antônio da Silva, explica que os sintomas da raiva são relacionados à locomoção dos animais, que se debatem bastante. Eles podem morrer em até 10 dias após serem infectados.