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PSD deve discutir candidatura própria no Senado apesar de apoio de Pacheco a Alcolumbre

Possibilidade deve ser debatida após segundo turno das eleições municipais; Eliziane Gama tenta se viabilizar para a disputa.
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Apesar do apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para candidatura do senador Davi Alcolumbre (União-AP) à sua sucessão, a bancada do PSD na Casa se reunirá após as eleições municipais para discutir o lançamento de um nome próprio à disputa.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que tenta se viabilizar para a disputa, disse à CNN que o posicionamento de Pacheco deve ser respeitado. A parlamentar ressalta, no entanto, que é natural a legenda de maior bancada buscar se manter no comando do Senado.

“Vamos discutir uma candidatura própria. Não acho que dentro do partido devemos exigir um posicionamento do presidente Rodrigo Pacheco pró essa candidatura, respeitando a relação pessoal que ele tem com Davi Alcolumbre, mas devemos ter um nome”, disse a senadora.

A data da reunião com a bancada deverá ser anunciada na próxima semana pelo líder do partido, senador Otto Alencar (PSD-BA), que também tem dito que não se negará a concorrer à presidência da Casa Legislativa se tiver apoio dos colegas.

Eliziane estabeleceu um acordo com a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) para que haja uma candidatura única ao Senado. Em 200 anos de história, a Casa nunca foi comandada por uma mulher. Há dez anos, a mesa diretora da Casa não tem uma senadora como titular. Atualmente, são 15 senadoras, das quais cinco são do PSD.

“O partido defende historicamente a presença feminina. Ao mesmo temos maior bancada feminina no Senado por partido. Tenho uma construçao com a Soraya de ter uma única mulher candidata. Agora é nosso segundo embate que é a consolidação pelo PSD. Estou otimista que vamos construir um entendimento nos próximos dias”, diz.

De acordo com a parlamentar, o presidente do PSD Gilberto Kassab apoia o projeto. Ela também tem conversado com outras lideranças do partido, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), secretário-geral licenciado do partido.

“O presidente Kassab acha que a gente tem que manter o projeto e se fortalecer. Ainda tem três meses até a eleição para conversar com os colegas. A candidatura não é individual. Tem que o apoio partidário, que se materializada com o direcionamento da bancada. Nosso dever de casa é consolidar os 15 votos – ou pelo menos o 14, respeitando a posição de Rodrigo Pacheco”, disse.

O senador Davi Alcolumbre, então presidente do Senado, foi o principal articulador para que Pacheco vencesse a disputa pelo comando da Casa em 2021. O atual presidente foi reeleito em 2023.

A candidatura de Alcolumbre é consolidada e conta com amplo apoio dentro do Senado. Até agora, PSB (quatro senadores), PDT (3 senadores) e PP (7 senadores) já declaram apoio a ele oficialmente.

“O Davi é candidato desde o dia que ele não pode mais ser candidato (em 2021). Tem quatro anos que ele é candidato. É natural que seja o nome mais posicionado, mas o processo eleitoral é dinâmico”, ressaltou Eliziane.

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