O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, foi preso preventivamente na quinta-feira (18) durante a operação da Polícia Federal que investiga fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões do INSS.
Após a prisão, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, determinou a exoneração de Portal do cargo. Para a função de secretário-executivo, foi nomeado o procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, que atuava como consultor jurídico da pasta.
A operação é conduzida pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União e cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva e outras medidas cautelares no Distrito Federal e em diversos estados do país. As investigações apontam a existência de um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em benefícios do INSS.
De acordo com a Polícia Federal, as irregularidades teriam ocorrido entre 2019 e 2024 e os prejuízos estimados podem chegar a R$ 6,3 bilhões. O esquema envolve crimes como estelionato previdenciário, organização criminosa e inserção de dados falsos em sistemas oficiais.
Adroaldo Portal é jornalista e tem longa trajetória no Congresso Nacional, com passagens pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Ele também ocupou cargos no Executivo federal, como no Ministério das Comunicações, além de ter presidido o Conselho de Administração dos Correios e integrado o Conselho Fiscal da Telebras.
Antes de assumir a secretaria-executiva, Portal foi secretário do Regime Geral de Previdência Social e era o substituto direto do ministro na pasta.
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