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Selic deve subir 1 ponto em primeira reunião comandada por Galípolo

Alta no dólar e preços de alimentos pressionam decisão do Banco Central; mercado projeta nova elevação para 13,25% ao ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira (28) a primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo. Com a alta do dólar e a pressão nos preços de alimentos, o mercado espera que a Selic, atualmente em 12,25% ao ano, suba 1 ponto percentual, atingindo 13,25% – a quarta elevação consecutiva.

Na última reunião, o Copom já havia sinalizado a intenção de novos aumentos devido às incertezas externas e aos impactos do pacote fiscal do governo, aprovado no fim de 2024. A decisão final será anunciada nesta quarta-feira (29).

Inflação em alta
A nova alta da Selic reflete a necessidade de controlar uma inflação crescente. De acordo com o boletim Focus, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 subiu de 4,96% para 5,5% nas últimas semanas, acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O Banco Central afirma que a política monetária contracionista, com juros altos, é essencial para reduzir os riscos da inflação.

O papel da Selic
A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando elevada, encarece o crédito, reduzindo a demanda e pressionando os preços para baixo. No entanto, taxas altas também dificultam o crescimento econômico.

Com o novo modelo de meta contínua, adotado neste ano, o Banco Central monitora a inflação acumulada em 12 meses, mês a mês, para avaliar a aderência à meta de 3% (com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%).

Com base no cenário atual, o mercado projeta que a inflação encerre o ano em 4,5%, o limite superior da meta, reforçando a necessidade de uma política monetária rigorosa para conter a pressão dos preços.

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