Foi encontrado, na manhã desta sexta-feira (8), o corpo da criança de dois anos que desapareceu durante uma enxurrada que invadiu uma casa em General Carneiro, no sul do Paraná.
A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o corpo foi encontrado a cerca de 2,5 quilômetros da residência.
De acordo com o capitão André Fonseca, um morador da cidade viu o corpo no Rio Jangada por volta das 7h30 e acionou as autoridades.
O tenente Daniel Kaneko Leal afirmou que o local onde o corpo foi encontrado foi isolado, e equipes multidisciplinares foram acionadas para prestarem atendimento à família da vítima.
“Estávamos retomando as buscas pela menina agora cedo e quando estávamos chegando no local, um civil nos parou e informou que teria localizado ela, na margem do rio. Fomos até o local e confirmamos. Infelizmente, já sem vida”, disse.
Desaparecimento e buscas
No dia do desaparecimento, conforme o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), General Carneiro registrou o maior volume de chuvas do estado: 160,8 mm de precipitação acumulada entre a noite de quarta-feira (6) e a manhã de quinta (7). O valor é maior do que a média histórica do mês inteiro de novembro, que é de 134 mm.
A casa em que a criança morava fica próxima de um rio e, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a menina foi arrastada quando estava dormindo após uma enxurrada invadir a residência.
Os pais e as duas irmãs também estavam no local, e conseguiram se salvar.
As buscas foram realizadas por pelo menos 60 profissionais nos rios Torino e Jangada, com o auxílio de barcos e o apoio de equipes de União da Vitória e Irati, incluindo equipes do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).
Além da criança desaparecida, outras ocorrências foram registradas, como retirada de pessoas de locais inseguros, complementam os bombeiros.
Estragos na cidade
De acordo com o Corpo de Bombeiros, diversas edificações da cidade foram danificadas devido à força da água.
Informações divulgadas pelo Governo do Estado apontam que cerca de 1.725 pessoas foram afetadas pelas chuvas, sendo 1.450 delas em situação de vulnerabilidade social, que tiveram as casas inundadas pelas fortes enxurradas.
“Aproximadamente 200 pessoas precisaram sair de suas casas devido à situação mais crítica e foram para imóveis de parentes e amigos, dos quais a maioria já retornou na manhã de quinta-feira para limpeza de suas residências após a redução no nível de água”, explica o Governo.