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Fazendeiro é multado em R$ 1 milhão por deixar gado morrer de fome em meio à seca no Pantanal de MS

Os bovinos foram apreendidos, mas permaneceram sob a responsabilidade do proprietário, que foi notificado a fornecer alimentação e cuidados veterinários adequados.
(Foto: Divulgação/PMA)

Um proprietário rural de Rio Negro (MS), foi multado em mais de R$ 1 milhão por maus-tratos a gado. Ele deixou os animais passarem fome e sede em meio à seca que atinge a região. O flagrante foi feito pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na tarde de sábado (12), durante a Operação Padroeira.

Os militares foram até a propriedade localizada a 30 km da cidade para fazer fiscalizações de rotina e constataram condições inadequadas para a criação dos bovinos.

No primeiro dia de fiscalização, os policiais vistoriaram cerca de 300 hectares de pastagem e encontraram a área degradada e incapaz de sustentar os animais. Vários bovinos estavam em estado de extrema magreza, com seis carcaças e duas vacas incapazes de se levantar.

Em um dos mangueiros, não havia água, o bebedouro estava danificado e os cochos estavam vazios. No segundo mangueiro, havia apenas água e sal boiadeiro, mas sem qualquer alimentação suplementar.

O capataz da fazenda informou que 24 bezerros recém-nascidos estavam sendo alimentados por sua filha e esposa devido à morte de algumas vacas. Ele relatou que o estoque de feno havia acabado e que uma nova remessa estava sendo aguardada.

No segundo dia, os policiais conversaram com o filho do proprietário, que mencionou dificuldades para adquirir feno devido à seca, que aumentou a demanda pelo produto.

Ele também destacou que o capataz era o único funcionário cuidando de aproximadamente 2.027 cabeças de gado. Durante a vistoria em outras áreas, foram encontradas mais nove carcaças e diversos animais em estado avançado de magreza e desnutrição.

A Polícia Militar Ambiental aplicou uma multa administrativa de R$ 1.013.500,00. Os bovinos foram apreendidos, mas permaneceram sob a responsabilidade do proprietário, que foi notificado a fornecer alimentação e cuidados veterinários adequados.

Toda a documentação foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro e ao Ministério Público Estadual. O proprietário não foi localizado.

Este é o segundo caso de maus-tratos a gado registrado pela Polícia Militar Ambiental na região do Pantanal. A PMA reforça que é responsabilidade do proprietário garantir alimentação e oferta de água adequadas aos animais, especialmente em períodos de seca, sob pena de ser responsabilizado por maus-tratos.

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