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FPA recebe Bolsonaro e intensifica movimento para derrubada de vetos ao marco temporal

Integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária defendem que o Congresso invalide veto de Lula em projeto sobre demarcação de terras indígenas.

Em meio ao cabo de guerra com o governo federal, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para apadrinhar a criação de um novo grupo no Congresso: a Frente Parlamentar “Invasão Zero”, presidida pelo deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), com o deputado Ricardo Salles (PL-SP) na vice-presidência.

A ideia é que a nova frente seja um braço da FPA. O evento ocorreu nesta 3ª feira (24.out) em Brasília. A bancada também havia convidado o governador de São Paulo, Tarcisio Freitas (Republicanos), que não compareceu.

Nesta semana, a FPA intensifica as articulações para derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Lei 14.701/23, que trata da demarcação de terras indígenas, incluindo o veto ao marco temporal.

Segundo o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), não há negociação com o governo sobre os vetos. “Tinha que ter negociado antes”, afirmou. O representante da bancada antecipou ainda que a intenção da FPA é tentar derrubar os vetos na sessão do Congresso Nacional desta 5ª feira (26.out).

A maior preocupação dos ruralistas está relacionada às indenizações pelas terras, uma vez que, segundo Lupion, o governo não tem recursos para pagar. “Sempre pedimos isso ao governo e dissemos que a solução do STF seria pior, que o governo não consegue cumprir.”

Apesar do posicionamento enérgico do presidente, as opiniões se dividem dentro da FPA sobre qual a melhor estratégia a ser adotada no momento. Alguns parlamentares, inclusive, têm evitado se pronunciar publicamente sobre a possível derrubada dos vetos.

Embora o assunto não esteja na pauta da próxima 5ª feira, a FPA quer articular com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para incluí-lo.

“Eu não gostaria que houvesse sessão do Congresso sem resolver esse problema. Ficamos três semanas em obstrução por causa de pautas como aborto, drogas e o marco temporal. Não cabe suavizar o discurso agora”, concluiu Lupion, mas o parlamentar disse estar aberto a um acordo, podendo jogar a votação para a sessão seguinte.

Com informações do SBT News

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