Oito pessoas são presas suspeitas de envolvimento em esquema de funcionários fantasmas que movimentou mais de R$ 800 mil no PR

Os oitos presos, de acordo com a polícia, recebiam recursos sem exercer qualquer função.
(Foto: Polícia Civil/PR/Clevelândia)

Oito pessoas foram presas na terça-feira (8) em Clevelândia, no sudoeste do Paraná, suspeitas de envolvimento em esquema de funcionários fantasmas que movimentou mais de R$ 800 mil irregularmente, informou a Polícia Civil do Paraná.

De acordo com a polícia, a investigação apurou que os “suspeitos recebiam salários da administração municipal sem exercer qualquer função”. Ainda de acordo com a polícia, a investigação apontou que um “servidor público concursado da própria prefeitura seria o responsável por articular o esquema”.

Segundo a delegada de Polícia Civil, Alini Simadon, o funcionário concursado desde 2016 atua no setor de recursos humanos da Prefeitura de Clevelândia e era de bastante confiança da administração municipal. O nome dele não foi divulgado.

“Ainda não temos a identificação do vínculo entre eles (suspeitos), se são parentes ou não. Tudo indica que não são parentes dessa pessoa concursada que era o mentor do esquema. […] Não temos a identificação até o momento de outros servidores no esquema”, explicou a delegada ao g1.

Segundo a polícia, os funcionários fantasma foram contratados inicialmente como agentes de saúde e depois remanejados para motoristas, o que garantia salários maiores com verbas como horas extras, por exemplo. Parte do dinheiro que recebiam era repassado ao servidor, “mentor do esquema”.

O esquema, segundo a delegada, teve início em outubro de 2023 e até fevereiro deste ano movimentou mais de R$ 800 mil. Os suspeitos presos nesta terça (8) podem responder por organização criminosa, peculato e estelionato.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos
Além das prisões preventivas, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Clevelândia, Chopinzinho, Pato Branco, no sudoeste do estado e em Campina da Lagoa, no centro-oeste do estado.

Também houve bloqueio de bens, veículos e contas bancárias dos investigados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal.

“As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e apurar a extensão do prejuízo aos cofres públicos”, informou a Polícia Civil.

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