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Paranaenses registram rastros de luz no céu formados por lixo espacial

Em Nova Santa Rosa, o registro também foi feito.
(Foto: Reprodução)

Paranaenses de diferentes regiões do estado que aproveitaram a noite de quarta-feira (21) e a madrugada desta quinta-feira (22) para observar a lua, se depararam com a passagem de rastros de luz formados por lixo espacial. Assista ao vídeo acima.

Um destes paranaenses foi o segurança Bruno Sério. Ele conta que estava com um amigo quando ambos viram a luz tomar conta do céu e ficaram encantados com o fenômeno.

“Ontem durante uma conversa com amigo meu, por volta das 23h, eu avistei um foco de luz muito forte, cortando o céu. […] A cena foi linda, foi muito forte de se ver, queria ter gravado mais, mas não deu tanto tempo, mas só o pequeno vídeo que fiz, marcou demais”, contou o segurança.

Apesar dos rastros luminosos lembrarem fenômenos como meteoros e meteoritos, o que os paranaenses viram foram na verdade rastros de lixo espacial, de acordo com Marcelo Zuritta, da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).

“Pela nossa análise, é a reentrada de um satélite da rede Starlink, o satélite STARLINK-2719 […]. Ele estava previsto para entrar [na Terra], tem uma janela grande de cerca de uma hora e meia para a entrada desse objeto, mas dentro dessa janela havia uma passagem pelo estado do Paraná, por volta das 23h”, explicou o especialista.

“Apesar de não ser algo corriqueiro, mas é uma coisa que acontece. O satélite quando ele é desativado, no caso desses Starlinks, são manobrados para reentrar na atmosfera e quando isso acontece, ele é totalmente consumido pelo calor gerado por essa reentrada. Então não há nenhum risco para a população em solo”, frisou Zuritta.

O coordenador do Observatório Astronômico Planetário do Colégio Estadual do Paraná Amauri José da Luz Pereira esclarece que inicialmente acreditava-se que eram meteoros devido ao atual período das chamadas perseidas, que são as chuvas de meteoros.

“Coincidiu com esse período das perseidas, chuvas de meteoros, mas o meteoro passa muito rapidamente no céu, normalmente não dá tempo de pegar a câmera para filmar”, explicou.

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