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Pix completa 5 anos com expansão inédita

Sistema enfrenta alta nos ataques cibernéticos e impõe novas regras para reforçar a segurança.

Pix completa 5 anos com expansão inédita
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, completa cinco anos neste domingo (16) consolidado como a principal forma de transferência eletrônica do país. Desde o lançamento, em novembro de 2020, o mecanismo alcançou adoção massiva e passou a integrar a rotina de pessoas físicas, empresas e serviços públicos.

Segundo dados recentes do BC, o sistema soma mais de 178 milhões de chaves ativas, reflexo da expansão acelerada impulsionada pela gratuidade para usuários, operação 24 horas e liquidação instantânea. O volume movimentado desde a estreia ultrapassa dezenas de trilhões de reais, de acordo com balanços periódicos da autoridade monetária.

Na live comemorativa transmitida pelo Banco Central, representantes da instituição destacaram que o Pix deixou de ser apenas um meio de transferência para se tornar uma plataforma em constante evolução. Entre as ferramentas já lançadas ou em fase de implementação estão o Pix Automático, o pagamento por aproximação e novas modalidades voltadas para consumo recorrente.

Apesar do avanço, a autoridade monetária reconheceu que o crescimento do sistema trouxe desafios relevantes, principalmente na área de segurança digital. O Banco Central confirmou o aumento de tentativas de ataques cibernéticos envolvendo prestadores de serviços de tecnologia (PSTIs) e ressaltou que o combate ao crime organizado exige atualização regulatória contínua.

Entre as medidas recentes adotadas para mitigar riscos estão:

  • Limite de R$ 15 mil para operações de Pix e TED envolvendo instituições não autorizadas que dependem de PSTIs;
  • Exigência de capital mínimo mais alto para empresas de tecnologia que operam na infraestrutura do sistema;
  • Regras adicionais para conter o uso de contas intermediárias empregadas em fraudes.

Participantes da transmissão também reforçaram a importância de alertar usuários sobre golpes de engenharia social, ainda responsáveis por grande parte dos prejuízos financeiros ligados ao Pix.

Para os próximos anos, o BC afirmou que seguirá trabalhando na evolução funcional do sistema e em discussões sobre eventual interoperabilidade internacional. O objetivo é ampliar o alcance do Pix sem comprometer a segurança e a estabilidade da plataforma.

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