O desaparecimento da jovem Ísis Victória Miserski completa um mês no sábado (5). O principal suspeito do sumiço da adolescente, Marcos Wagner de Souza, está preso temporariamente em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Ísis saiu de casa no dia 6 de junho, a princípio, para encontrar um homem e não apareceu desde então. A Polícia Civil acredita que ela foi se encontrar com Marcos, vigilante que tinha um caso extraconjugal com a jovem desaparecida.
Quem é o homem com quem Ísis tinha um relacionamento
Marcos Vagner de Souza, conhecido como Marcos Rone, é casado, pai de três filhos e trabalha como vigilante. Ele teria admitido o relacionamento amoroso com Ísis e contou que viveu apenas um ‘lance’ extraconjugal com a adolescente, no momento em que estava separado da esposa. Em mensagens, o homem chegou a relatar que não via Ísis desde o início de maio. Já familiares da adolescente repassaram poucas informações sobre o relacionamento da adolescente com o suspeito.
A residência de Ísis fica a cerca de 1,7 km da casa onde Marcos morava. Após o desaparecimento, o homem não foi mais visto no local e se entregou à polícia no dia 17 de junho em Francisco Beltrão, a mais de 400 km de Tibagi, onde possui familiares.
Mensagem de Ísis para a mãe
No mesmo dia em que Ísis desapareceu, uma mensagem foi enviada do celular da adolescente para a mãe e apagada logo em seguida. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a mensagem continha a localização atual da adolescente, às 18h15, do dia 6 de junho.
O delegado Jonas Avelar revelou em entrevista que a atitude de enviar a localização pode indicar que a adolescente sentia algum risco. Esta foi a última comunicação entre Ísis e um familiar.
Também não é possível afirmar se foi Ísis quem apagou a mensagem ou se o conteúdo foi excluído a mando de alguém.
Sinal do celular em matagal
Logo após a mensagem com a localização ser apagada, o telefone celular de Ísis foi desligado. Segundo a investigação, o último local onde o aparelho telefônico da adolescente emitiu sinal é em um matagal, em Telêmaco Borba, a cerca de 40 km de Tibagi.
A investigação também revelou que nos dois dias seguintes ao desaparecimento de Ísis (7 e 8 de junho), o suspeito Marcos Rone esteve na região onde o celular da adolescente emitiu sinal. Porém, ainda não se sabe o motivo pelo qual o vigilante esteve no local.
Principal suspeito se entrega à polícia
O principal suspeito de envolvimento no desaparecimento da jovem se apresentou a Polícia Civil do Paraná na noite da segunda-feira (17). O vigilante Marcos Vagner de Souza, que era considerado foragido, se apresentou na sede da polícia de Francisco Beltrão, por volta das 20h.
Conforme o delegado Ricardo Moraes Farias dos Santos, da 19ª Subdivisão Policial, as autoridades haviam expedido um mandado de prisão temporária de 30 dias contra o suspeito. O homem, que é casado e pai de três filhos, não retornou para casa desde o dia do desaparecimento da adolescente.
Moradores desmentem versão de suspeito pelo desaparecimento da jovem
Os moradores da Vila São José, em Tibagi, local em que o suspeito pelo desaparecimento de Ísis Victoria Mizerski afirma ter deixado a jovem, desmentem a versão do homem que foi preso na segunda-feira (17). De acordo com os moradores ouvidos pela equipe da RICtv, a adolescente não esteve no bairro na noite em que desapareceu, ao contrário do que afirma o vigilante Marcos Vagner de Souza.
Uma dessas moradoras, chamada Vanessa, também trabalha no próprio bairro, que é formado por apenas nove quarteirões, afirma que Ísis não esteve no local no dia do desaparecimento.
Suspeito esteve em matagal onde celular de jovem emitiu último sinal
O delegado Jonas Avelar, da Polícia Civil do Paraná, que acompanha o caso do desaparecimento da jovem Ísis Victoria Mizerski, em Tibagi, revelou detalhes da investigação. De acordo com o agente, o principal suspeito, que está preso, foi a última pessoa a se encontrar com a adolescente antes do sumiço, além disso, a quebra de sigilo do aparelho telefônico revela que o vigilante estava no matagal onde o celular da garota emitiu o último sinal.
Novo delegado assume investigações do caso Ísis
As investigações do desaparecimento da adolescente Ísis Vitória Mizerski contam com um novo delegado da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Após o titular de Tibagi, Jonas Avelar, entrar em férias, o líder do setor de homicídio de Telêmaco Borba, delegado Matheus Duarte, assume o caso. A informação foi confirmada pela RICtv nesta terça-feira (2).
Além da mudança na coordenação das investigações, o caso Ísis também conta com um novo local de buscas. Nesta terça, o Corpo de Bombeiros iniciou os trabalhos em uma nova área delimitada na região do distrito de Lavras, em Tibagi. Este já é terceiro lugar com buscas avançadas determinadas desde o início da investigação.
A nova área de buscas fica entre os outros dois pontos já verificados pelas equipes de segurança. Desta vez, a área delimitada possui aproximadamente 3200 hectares, o que equivale a cerca de cinco mil campos de futebol.
Polícia de Curitiba vai analisar DNA encontrado em carro de suspeito
A polícia científica de Telêmaco Borba encontrou dentro do carro do principal suspeito do crime, possíveis provas que serão analisadas na capital.
Segundo a reportagem da RICtv, a polícia encontrou dentro do carro de Marcos Rone, que está apreendido, dois fios de cabelo e também um fluido corporal, que pode ser urina, saliva ou sangue. Mas a polícia científica dos Campos Gerais não tem tecnologia para analisar o DNA desses materiais, por isso o material acabou sendo enviado para Curitiba.
O pedido formalizado pela Polícia Civil no último sábado (29), e exames dessa complexidade costumam levar mais de 30 dias para acabarem sendo analisados. O mais rápido ficou pronto em 40 dias.
Com isso, o principal suspeito do crime pode acabar sendo liberado. Marcos Rone tem prisão preventiva decretada até dia 18 de julho. A polícia precisa de novos fatos para pedir a Justiça a manutenção da prisão do suspeito.
Defesa de Ísis anuncia ‘Núcleo de Inteligência’ para auxiliar nas investigações
A equipe de defesa da adolescente Ísis Vitoria Mizerski Ribeiro, que está desaparecida desde o dia 6 de junho, em Tibagi, anunciou nesta segunda-feira (1º) um ‘Núcleo de Inteligência’ para auxiliar nas investigações. O escritório do Doutor Claudio Dalledone Jr, informou que os profissionais enviados para acompanhar o caso nos Campos Gerais do Paraná não devem interferir nas ações das polícias que atuam nas buscas.
“Os esforços para descobrir o paradeiro de Ísis continuam e, sem que haja interferência no trabalho da polícia, após a reunião com o secretário, nosso Núcleo de Inteligência enviará profissionais para auxiliar as investigações. Reiteramos que oferecemos recompensa em dinheiro para quem tiver informações que ajudem a encontrar Ísis”, publicou a defesa.
Os representantes da família de Ísis ainda destacaram que uma nova reunião deve marcada em breve para alinhar os novos passos das buscas. “Para traçar estratégias complementares de buscas e de investigação, o Secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, deve anunciar, em breve, a nova data em que irá se reunir com a defesa e a família da jovem Ísis”, completou.