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Do campo à mesa, conheça o processo transformador dos alimentos realizado pelo Cooperativismo

Conheça a construção sólida e consciente que a Primato promove durante a cadeia produtiva do alimento junto ao produtor rural.

Antes mesmo do nascer do sol, o casal Maria e Emílio Angst se organiza para começar mais um dia na ‘lida’. Produtores de suínos e de leite há mais de 20 anos, os dois tem uma pequena propriedade localizada na capital do agronegócio paranaense (Toledo) e com aproximadamente três hectares, eles conseguem transformar cada metro quadrado dessa terra em riqueza.

Associados a Cooperativa Agroindustrial Primato há mais de 24 anos, a família Angst conquistou a solidez para conseguir alimentar os filhos e gerar valor a todo alimento é que produzido ali. “Colocamos amor em tudo o que fazemos: no cuidado com o animal, no zelo com a terra, na busca por melhoria com o apoio da Cooperativa que nos atende e que sempre apresenta alternativas que sejam eficazes para o meio ambiente também”, disse o patriarca Emílio.

‘Nascidos e criados’ no sítio, o casal relata a importância da atividade praticada por eles para toda a comunidade. “Daqui da nossa ‘terrinha’ sai alimento para centenas de famílias. São retirados em média 264 mil litros de leite e mais de 9 mil cabeças de suínos por ano. Toda essa produção vai para a Primato e eles fazem a magia acontecer”, explica.

Filiada a Cooperativa Central Frimesa, a Primato trabalha a intercooperação ao realizar a entrega do leite e suínos produzidos pelos seus cooperados. “Hoje mais de 40% do volume de produção leiteira da Frimesa provém da Primato. Esse volume mostra o comprometimento que a Cooperativa tem em alimentar famílias de forma consciente trabalhando o 6º princípio do cooperativismo, que é a intercooperação”, explicou o presidente da Primato, Anderson Leo Sabadin.

Mas você pode estar se perguntando, o que é essa ‘tal’ intercooperação? O presidente da Primato prontamente responde: “É o movimento de cooperação entre as cooperativas, para o fortalecimento do movimento como um todo e dos princípios cooperativistas”, enfatizou.

Todo esse movimento de cooperação acontece também dentro da propriedade da família Angst, afinal ambos contribuem para o crescimento local. “Temos ciência da relevância que a Primato tem, no local onde ela atua. Entendemos que onde o cooperativismo coloca a mão o produto ganha valor”, disse Maria.

Além de oferecer orientações técnicas que melhoram a produtividade no campo, a Primato recebe a produção dos cooperados, garantindo solidez para que eles continuem trabalhando em suas atividades. Por consequência, a cadeia de cooperação continua quando a Primato insere em seu quadro social mais de 1.1 mil colaboradores que trabalham gerando valor e renda a tudo que é produzido no campo.

“O movimento do cooperativismo engloba milhares de pessoas em Toledo, isso porque, involuntariamente a comunidade é impactada pelas atividades que são promovidas pelas Cooperativas. Exemplo disso é a Primato que hoje atua em diversas atividades entre elas: Casa do Produtor, Farmácia, Restaurante, Supermercado, Indústria de Ração, Recebimento de Grãos, bem como o setor de Apoio Administrativo.Todos essas áreas de negócios são parte do cooperativismo e juntos fortalecem as atividades rurais dos mais de 10 mil cooperados da Primato, destes 79% são da agricultura familiar, ultrapassando os 8 mil cooperados, bem como a comunidade que também utiliza os serviços oferecidos pela Cooperativa”, disse Sabadin.

Clientes também do Supermercado e do Restaurante da Primato, os filhos do casal Angst, Luiz Henrique e Lucas Adriano, destacam o interesse em construir uma carreira ao lado da Cooperativa. “Sei que a Primato tem espaço para realizar e por isso, acredito que ao concluir meu curso superior poderei me tornar parte deste movimento que já me alimentou em tantos momentos e que continua trazendo renda para minha família”, afirmou Luiz Henrique.

Para Luiz e Lucas, a sucessão familiar é involuntária e prazerosa, afinal eles encontraram no cuidado com o campo a essência que buscam na profissão. “Percebo que aqui eu posso colocar em prática princípios, ideais e projetos grandiosos. A agricultura familiar vem conquistando espaços importantes. Meus pais por exemplo, acatam as sugestões de melhoria e inovação e isso me motiva a estar ao lado deles. Junto com a Primato, implantamos o sistema biometano, um projeto desafiador e que se tornou referência aqui na região”, mencionou o jovem.

Primato consolida projeto do biometano

Com um investimento de R$ 1,3 milhão na instalação de um biodigestor, por meio do recurso do Plano Safra financiado pelo Banco do Brasil e suporte técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). A família cooperada da Primato já abastece um dos veículos movidos a biometano da Cooperativa, desenvolvidos através de uma parceria entre a Primato e a Tupi MWM.

Na visão do presidente da Primato, “Ser autossuficiente em geração de energia, seja ela, solar, biogás, biometano, produzida dentro da propriedade, poder vender o excedente, e ainda, cumprir a missão de alimentar o mundo é sensacional. Como Cooperativa temos interesse pela comunidade, na qual estamos inseridos, isso nos motiva a inovar, utilizando das políticas públicas para sermos vetor de mudanças estruturais e comportamentais”.

Sabadin lembrou, que em 2022, segundo a ONU, tivemos 700 milhões de pessoas que passaram fome, o equivalente a 10% da população mundial. “É fundamental garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo”.

Durante a implementação do projeto de biometano que aconteceu em 15 de setembro de 2023, o governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior esteve presente na assinatura, ao lado do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, do primeiro contrato para compra de biometano do Brasil. O governador comemorou o aniversário do programa Renova Paraná durante uma solenidade promovida na cidade de Toledo e o ponto alto foi a inauguração de mais um sistema para a produção de biogás e biometano, instalado na Granja Angst. “Somos um dos maiores produtores de alimentos do Brasil em quantidade, variedade e com sustentabilidade. O mundo exige uma produção sustentável, e isso se reverte em novos negócios e em renda para os nossos produtores”, disse o governador.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado ganhou 21.461 novas unidades de geração própria de energia nos últimos dois anos. Até o lançamento do programa, em 2021, eram 6.145 unidades, passando para 27.596 até agosto de 2023, um incremento de 250% no período.

“Era isso que tínhamos em mente quando criamos o Renova Paraná, incentivar os agricultores paranaenses a serem autossustentáveis em energia, o que reduz os custos, permite ampliar a produção e agrega valor aos produtos”, disse Ratinho Junior.

Para ele o potencial do Estado é tão grande que se compara a um novo pré-sal. “Precisamos organizar essa geração de biogás, junto com os pequenos produtores, e integrar os sistemas para passar a comercializar esse combustível para as Cooperativas, as empresas, além de utilizar nos próprios veículos das propriedades”.

Melhorias para família

Além da economia, o novo sistema de biogás instalado na propriedade de Maria e Emílio Angst, vai ajudá-los a resolver um passivo ambiental. A geração de biogás utiliza o dejeto dos animais que são criados no sítio e que, até então, precisavam ser destinados a outros locais para o descarte, gerando um custo médio de R$ 6 mil por mês.

Com a nova utilização, o Instituto Água e Terra (IAT) concedeu uma nova licença aos proprietários, autorizando a ampliação da produção. Agora, eles têm capacidade para criar 7.8 mil suínos de uma vez, um volume quatro vezes maior que a capacidade anterior. O rebanho de vacas leiteiras está mais do que triplicado, passando de 28 para 100 animais. Além disso, o casal também vai introduzir a piscicultura no sítio, com a previsão de oferecer ao mercado aproximadamente 48 toneladas de peixes por ano.

Pelos cálculos de Emílio Angst, entre três e cinco anos todo o investimento que foi feito na propriedade deve se pagar, isso porque a ampliação da produção deve triplicar sua renda bruta. “A gente tinha chego no limite de produção, já não tinha mais lavoura para jogar os dejetos e não podia mais aumentar a criação, porque a área é pequena. Aí veio a ideia de implantar o biodigestor, o que permitiu aumentar o número de animais”, explicou.

A implantação da usina de biogás veio junto com uma série de melhorias na granja, que ganhou um novo barracão para a produção de suínos e um sistema de coleta da água da chuva, que é utilizada para saciar os animais, fazer a limpeza das pocilgas, estábulos e na produção do biogás.

“Hoje olhamos o sistema de produção de forma otimizada, onde a vaca que dá o leite, também dá o combustível para transportar esse leite. Com esse movimento, os produtores têm redução nos custos, além de resolver um grande passivo ambiental”, afirmou Cícero Bley Júnior, da Bley Energias, uma das 639 empresas cadastradas para atuar no programa e que foi responsável pela implantação do sistema na granja.

Uma referência para todos

Depois desse processo de inovação e cuidado com o meio ambiente, a família Angst se tornou referência e de lá pra cá, muitas visitas técnicas tem sido realizadas na propriedade com o intuito de entender o procedimento e como tudo isso impacta no local onde eles vivem. “Já recebemos desde comitivas estrangeiras, vindo inclusive da França, até escolas locais que mostram na prática para as crianças a importância de zelar pelo meio ambiente. Sentimos que estamos cumprindo nosso papel em vários aspectos, o de alimentar as pessoas, gerar renda para comunidade e acima de tudo de cuidar do lugar onde estamos”, finalizou Angst.

Sustentabilidade é o foco

Uma das maiores preocupações da Primato é com o desenvolvimento sustentável. Prova disso é o projeto de biometano, que deverá iniciar a produção a partir de março de 2024 na unidade de Ouro Verde do Oeste- PR, onde a Cooperativa conta uma unidade de leitões e que atualmente recebe a instalação da produção de biogás, biometano e biofertilizante.

Sabadin explica que, nesta unidade, serão coletados os dejetos de mais 16 propriedades de produtores “para ter a destinação correta, sustentável e aí chegamos no suíno verde para que a Frimesa também atenda outros mercados, falando de carbono neutro ou de carbono zero”. Além disso, nos próximos dois anos a Primato deverá abrir uma unidade para venda de biometano, através de um novo posto de combustível.

“O ano de 2023 foi o ano da sustentabilidade”, resume Anderson Sabadin, que aponta o avanço da Cooperativa nesta questão da sustentabilidade. Além da questão do biometano, que já vem sendo entregue pelo produtor da Primato à Cooperativa, ainda é desenvolvido um programa de recuperação de nascentes nas propriedades rurais através do Comitê de Jovens, em parceria com a Itaipu Binacional e Prefeituras da região, junto com as Secretarias do Meio Ambiente. “Tudo isso sem custo ao produtor, o que é outro grande objetivo da Primato”, comemora Sabadin. Ele ainda cita a implantação do ESG via formação dos colaboradores no três pilares: meio ambiente, governança e social, algo que está vinculado à missão da cooperativa “que é gerar renda ao cooperado e ao colaborador. Então, tudo que fazemos tem sustentabilidade. E outra preocupação ambiental nossa vem através das novas usinas solares que estão sendo instaladas, totalizando R$ 10 milhões em investimentos. Toda energia do varejo da Primato, através dos supermercados, será produzida por painel solar”, adianta o dirigente.

Suíno Verde

O primeiro caminhão movido a biometano, fruto da parceria firmada em março de 2023 entre a Primato Cooperativa Agroindustrial e a MWM Tupi, está circulando desde agosto de 2023. Dando início a um novo ciclo da economia circular prevista no planejamento da Cooperativa. O processo passa pelo carregamento e o transporte da ração até o cooperado, que alimenta o plantel de suínos, que geram dejetos utilizados na produção de biometano.

Na visão do presidente, a abertura de um novo ciclo de oportunidades acontece porque, no futuro, através desse abastecimento, a Primato projeta a produção de biofertilizantes e bioinsumos, “uma demanda da sociedade para que façamos a produção de alimentos de maneira sustentável e estratégica frente ao social, ao ambiental e com uma boa governança”, resume Sabadin.

Investir em energias renováveis, debater ESG, desenvolver tecnologias limpas, produzir mais e com respeito ao meio ambiente, estes são apenas alguns dos desafios que o setor do agronegócio vem procurando resolver ao longo dos últimos anos. Neste sentido a Primato tem procurado parceiros que agreguem soluções, tragam rentabilidade ao cooperado e permitam entregar produtos de qualidade ao consumidor final respeitando o tripé de desenvolvimento através do arranjo econômico, social e ambiental.

“É fundamental para nós essa economia circular, de onde o nosso cooperado terá um novo momento de geração de renda, visto que o dejeto da pecuária passa a gerar energia consumida nas propriedades”, comenta o presidente da Primato. Segundo ele, o dejeto produzido no campo está sendo gerador de energia que vai atender, no futuro, toda frota de caminhões da cooperativa Primato, a qual está sendo adaptada com os motores desenvolvidos pela MWM Tupi.

Com Assessoria

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