O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta quinta-feira (19), que não há risco de crise energética em função da crise hídrica que o país atravessa e a chegada do verão. Silveira disse que a decisão sobre a volta do adiantamento dos relógios vai ficar para os próximos dias.
O ministro falou com a imprensa após se reunir com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Relatório entregue pelo ONS ao ministro com indicativo de que o retorno do horário de verão é um instrumento de planejamento importante que deve ser considerado.
De acordo com dados do Cemadem, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas e Desastres, que participou da reunião, o índice pluviométrico do país nesse período é o menor dos ultimos 74 anos, desde que a medição foi iniciada em 1950.
Silveira destacou que é preciso considerar esse momento sobre dois aspectos: o da economia para o consumidor e o da segurança do sistema. E disse que ainda quer analisar algumas outras alternativas que podem aumentar a resiliência do setor.
Alexandre Silveira informou ainda que caso venha a ser decretado o horário de verão, será concedido um tempo para que os diversos setores da economia se adequem à mudança.
De acordo com o ONS, a implementação do horário de verão geraria economia de até 2,5 GW de despacho termelétrico no horário de ponta, o que reduziria custos e contribuiria para a eficiência do Sistema Interligado Nacional, ampliando a capacidade de atendimento das 18h às 21h.