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Senadores aliados a Bolsonaro criticam Moraes e dizem que ação quer inibir oposição

A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva com membros da oposição no Congresso Nacional, como os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS); Magno Malta (PL-ES); Jorge Seif (PL-SC) e o deputado Carlos Portinho (PL-RJ).
(Foto: Reprodução/CNN)

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, afirmou, nesta quinta-feira (8), que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não pode ser vítima e julgar as ações que investigam uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva com membros da oposição no Congresso Nacional, como os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS); Magno Malta (PL-ES); Jorge Seif (PL-SC) e o deputado Carlos Portinho (PL-RJ).

“Este processo atual, uma das principais peças que é a delação do Mauro Cid “é colocada de uma forma muito enfática pelo ministro Alexandre de Moraes de que ele estaria sendo monitorado e que ele seria ao final, aprisionado caso houvesse o pretenso golpe de Estado que ele alega existir nas investigações que ele faz”, disse Marinho.

“Qualquer estudante de direito sabe que quem é vítima não pode investigar, não tem imparcialidade, não tem isenção para estar à frente de um inquérito”, prosseguiu.

Foi deflagrada nesta quinta-feira a Operação Tempus Veritatis pela Polícia Federal (PF). Entre os alvos, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Durante a ação, Valdemar foi preso por porte ilegal de arma. Bolsonaro, por sua vez, teve seu passaporte apreendido e está proibido de deixar o país. O documento também estava na sede do partido.

Segundo Magno Malta, Moraes precisa ser impedido de julgar o caso.

“Aí eu apelo para os ministros do Supremo. Onde estão os senhores? Vocês têm que o julgar impedido, vocês precisam se reunir e tomar uma decisão pelo Brasil, não é por Bolsonaro, não é pelo PL, é pela democracia”, expressou Malta.

Monitoramento de Moraes
O documento da PF que embasou a operação identificou conversas entre o coronel do Exército Marcelo Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens Bolsonaro, que Alexandre de Moraes era chamado pelo codinome “professora”.

As conversas entre os assessores do ex-presidente mostram que a localização da tal “professora” estava sendo monitorada pela dupla.

“A investigação constatou que os deslocamentos entre Brasília e São Paulo do ministro Alexandre de Moraes são coincidentes com os da pessoa que estava sendo monitorada e acompanhada pelo grupo”, diz trecho da decisão assinada pelo ministro relator da investigação, Alexandre de Moraes.

“Assim, o termo “professora” utilizado por Mauro Cid e Marcelo Câmara seria um codinome para a ação que tinha o Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como alvo”, acrescenta.

Com informações da CNN

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