A Polícia Civil encontrou sangue no carro do vigilante Marcos Wagner de Souza, preso suspeito do desaparecimento da jovem Ísis Miserski, que completou 41 dias na quarta-feira (17).
O veículo de Marcos está apreendido no pátio da Polícia Civil em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. O laudo que o Grupo RIC teve acesso é de uma perícia realizada 12 dias depois do sumiço da adolescente.
A primeira foto foi tirada no banco de trás do carro do suspeito. A perícia fez marcações com as indicações de números 1 e 2. Na frente do carro, no banco do passageiro, há outra indicação semelhante, a de número 3.
Nestes locais, a perícia encontrou fluídos corporais, que podem ser saliva, suor ou urina, conforme apurou o Balanço Geral Curitiba.
Já no porta-malas do carro, a polícia encontrou dois fios de cabelo. Após a aplicação de luminol, os investigadores encontraram manchas de sangue encontradas no banco de trás do veículo do vigilante.
A Polícia Científica de Curitiba está realizando exame para saber de quem são as manchas de sangue e os fios de cabelo encontrados no carro.
A prisão temporária de Marcos Wagner foi prorrogada por mais 30 dias na última segunda-feira (15). Ele está preso em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Secretário da Segurança Pública diz que caso Ísis está “praticamente esclarecido”
Durante uma entrevista exclusiva à RICtv, o secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, revelou que o caso Ísis está “praticamente esclarecido”. Além disso, o secretário afirmou que a Segurança Pública tem trabalhado desde o primeiro dia do caso para esclarecer todo o ocorrido.
A princípio, foi montada uma força-tarefa com policiais da Polícia Científica, da Delegacia de Homicídios, com a Inteligência da PCPR em apoio dos delegados responsáveis. Além disso, foram feitas buscas pela Polícia Militar e pelos Bombeiros.
“Agora, nós estamos trabalhando de forma pontual”, revelou. “À medida em que são analisados os dados que chegam para a Polícia Civil com a extração de dados, ou com as perícias feitas pela Polícia Científica, as equipes da Polícia Militar e do Bombeiro Militar vão para uma determinada região que é delimitada.”
O secretário também afirmou que o caso Ísis está bem desenvolvido dentro da Segurança Pública. “Nós vencemos a primeira fase da prisão temporária. Já estamos na segunda fase, e pretendemos também iniciar um processo para manter uma prisão preventiva desse indivíduo”. Além disso, o secretário afirmou que há um trabalho na possibilidade de condenação por homicídio com ocultação de cadáver baseada em evidências que estão em segredo da polícia. “Nós temos provas robustas que ligam o senhor que está preso temporariamente e a situação da morte, provavelmente, da Ísis, que está desaparecida”.
Família de Ísis está sendo atualizada sobre o caso, afirma secretário
De acordo com o coronel, a Segurança Pública do Paraná tem grande preocupação com o caso do desaparecimento da Ísis e que houve uma reunião com familiares da Ísis. “Fiz questão de dizer para eles, primeiro dos nossos sentimentos em relação a tudo que está ocorrendo, e da nossa vontade de esclarecer logo esse fato”, relatou.
Por fim, o secretário da Segurança Pública afirmou que o caso Ísis está perto da conclusão. “Este caso está praticamente esclarecido. Nós temos que localizar a Ísis e, com o passar do tempo, a possibilidade de encontrá-la com vida é muito remota”, revelou. “Nós não deixamos de acreditar nisso, mas, a cada dia que passa, é menor essa possibilidade”.
Relembre o caso Ísis
Dia 6 de junho de 2024, a adolescente de 17 anos Ísis Victoria Mizerski desapareceu em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. A princípio, o principal suspeito é Marcos Wagner de Souza, que está preso temporariamente em Ponta Grossa, na mesma região.
Ísis saiu de casa no dia 6 de junho, a princípio, para encontrar um homem e não apareceu desde então. A Polícia Civil acredita que ela foi se encontrar com Marcos, vigilante que tinha um caso extraconjugal com a jovem desaparecida.