Data Atual
Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Tsunami meteorológico: o que é o fenômeno derrubou muros e atingiu casas em Santa Catarina

Diferente das ondas gigantes causadas por terremotos, fenômeno é combinação menos destrutiva de vento, pressão atmosférica e ondas grandes.
(Foto: Defesa Civil/Divulgação)

Vento, pressão atmosférica e ondas grandes. Esses três fatores que se combinados dão origem a um fenômeno raro, mas destrutivo: o tsunami meteorológico.

O evento destruiu uma ponte, derrubou muros e árvores, e atingiu casas em Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, na madrugada desta segunda-feira (2).

O que é o tsunami meteorológico?
O tsunami meteorológico ocorre quando uma quantidade de nuvens carregadas e fortes ventos avançam rapidamente sobre o mar e formam uma grande onda que chega até a praia. Ele está normalmente está atrelado a algum sistema meteorológico, como linhas de instabilidade. Por esses fatores, inclusive, é de difícil previsão.

Os especialistas explicam que, apesar do nome, o que ocorreu em Santa Catarina é diferente do tsunami, que é provocado por abalo sísmico (terremoto) e normalmente tem poder destrutivo maior.

“Uma mudança brusca do vento, e têm que ser ventos que já estão em velocidades altas e também uma queda repentina e brusca da pressão atmosférica e pode estar associado. Foi o que aconteceu, estar associado a ondas maiores. Esses três fatores: vento, pressão atmosférica e ondas grandes combinados, mesmo que distantes, podem causar o tsunami meteorológico”, explicou Mauro Michelena Andrade, professor de oceanografia.

Por que fenômeno acontece no Sul?
O tsunami meteorológico foi registrado poucas vezes no Brasil, sendo em outras três vezes em Santa Catarina: em 2023 em Laguna, em 2019 em Florianópolis e em 2014 em Balneário Rincão (relembre abaixo).

Para Mauro Michelena, apesar de o fenômeno poder ocorrer em qualquer região litorânea, as raras ocorrências de tsunamis meteorológicos no Brasil serem com frequência na Região Sul têm explicação.

“O sul do país, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é um pouco mais comum porque são praias mais abertas e também as cidades e os eventos meteorológicos são maiores, como os ventos”, completou.

Veja também